Há mudanças significativas no conflito fauna-bravia, principalmente, nas Zonas de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa (PNG). A avaliação é do Comité de Gestão de Recursos Naturais de Bebedo, interior de Nhamatanda, limítrofe daquela estância turística.
“De 2022 à esta parte, a situação está a mudar. Nesses dias, a situação [fauna bravia] está normal, em relação aos dias passados. Ataques de crocodilos [no rio Púngue] eram constantes, pessoas morriam de qualquer maneira por elefantes”, descreve o presidente do Comité de Gestão de Recursos Naturais de Bebedo, Alberto Zacarias.
“As pessoas também não produziam [como hoje]. Era difícil ver uma planta de mapira”, avaliou o presidente de Comité de Gestão de Recursos Naturais de Bebedo, Zacarias, apontando um caminho por onde passavam elefantes da Gorongosa para campos de produção próximos de residências.
“Por exemplo este ano, os elefantes entraram tarde, [depois do milho secar]. Não gostam muito de milho, maçaroca sim, por isso, não houve destruição significante”.
Os Comités de Gestão de Recursos Naturais estão nos seis distritos pelas respectivas localidades da Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa. A luta é continuar “a sensibilizar”.
Os Comités de Gestão de Recursos Naturais são treinados pela Gorongosa para como, quando, onde e por que alertar às comunidades sobre a conservação ambiental. (Muamine Benjamim).