Comunicar para Mudança

Chemba: Educação refuta alegada obrigação de 25 kg de arroz e 5 litros de óleo para recenseamento eleitoral

Circula pelas Redes Sociais, uma informação segundo a qual o Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia de Chemba, na província de Sofala, obriga coordenadores e directores das escolas do distrito para contribuírem com 25 quilogramas de arroz e 5 litros de óleo ao processo de recenseamento eleitoral. Em resposta ao “Profundus”, o director da SDEJT disse que é mentira.

Na carta-denúncia anónima datada de 02 de fevereiro lê-se o seguinte:

Somos coordenadores e directores das escolas do distrito de Chemba. Estamos a viver uma situação muitíssimo difícil.

No dia 01.02.2024, a Direcção Distrital de Educação reuniu com os coordenadores das ZIPs [Zonas de Influência Pedagógica], para estes, por sua vez, informar aos directores das suas escolas para contribuírem por alimentação, na quantia de 1 saquito de arroz (25 kg) e 5 litros de óleo por cada director e coordenador aos brigadistas do processo de recenseamento eleitoral,

Os coordenadores foram exortados pela Direcção Distrital para que não informassem nenhum pedagógico, muito menos professores.

Ainda esta Direcção apelou aos envolvidos nesta contribuição obrigatória que, quem não fazer a sua contribuição estará a acelerar o fim do seu tempo como gestor da escola. A data limite para esta contribuição será até dia 15 de Fevereiro de 2024.

O mais estranho e vergonhoso, o Distrito orientou que os directores não trouxessem o produto pessoalmente, mas sim deviam mandar alguém para ir deixar na Direcção Distrital.

Para começar até essa data ainda não temos salário. De todas maneiras, onde nós entramos nos assuntos de CNE ou STAE?

Será que a nível do país está haver essa contribuição obrigatória?

Até quando a vivermos desta humilhação!

Pedimos quem de direito para nos socorrer, por favor!

 

Reacção do SDEJT- Chemba

O director do SDEJT – Chemba, Abdul Mbuinia reagiu telefonicamente, ao “Profundus”.

“A informação não constitui a verdade. Nós como Serviço Distrital de Educação não promovemos nenhum encontro. Também [temos] posse dessa informação”, disse Mbuinia.

“Não faz sentido um Serviço Distrital fazer cobranças ou obrigar os colegas a fazerem contribuição de algum produto para fazer face às eleições, isso não faz sentido”, continuou a refutar, dando entender que “essas informações colocam em causa aquilo que é a nossa agenda, as nossas actividades ao nível do Serviço”.

Mbuinia apela “aos colegas, se tiverem outro aspecto que eles acham que o Serviço não está a fazer, que aproximem ao Serviço em vez de inventarem informações que não existem, além de nos pôr em causa com coisas infundadas”.

O director do SDEJT – Chemba lembra que “o STAE é um Órgão, quando chegam momentos dessa natureza [de recenseamento], o Órgão em si, prepara-se e faz as suas actividades andarem. Nunca ouvi que Serviço de Educação tem que dar alimentação ao STAE”.

“São pessoas de má-fé, realmente que andam a fazer especulações”, concluiu.

Lembre-se que em Moçambique, o recenseamento eleitoral para as eleições gerais de 2024, vai decorrer de 15 de março a 28 de abril, enquanto no estrangeiro vai de 30 de março até 28 de abril próximo. Por agora decorrem os preparativos deste processo e do empoçamento de edis para amanhã (Muamine Benjamim).

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