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Daniel: O jovem com sede de conhecimento, mas sem fundos para estudar

Daniel Charamba Daniel é um jovem que vai completar 19 anos de idade este ano, e é natural do distrito da Gorongosa, Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa (PNG).

Daniel, autodescreve-se como sendo de jovem de uma família humilde.

Enquanto miúdo, Daniel, aos sete anos de idade, perdeu o pai. Desde então, “minha mãe tem sido a âncora da nossa família, cuidando de mim, minhas duas irmãs e meus dois sobrinhos. Ela trabalha incansavelmente para garantir que tenhamos comida na mesa e pudermos continuar nossos estudos”.

“Durante meus anos escolares, enfrentei muitas dificuldades financeiras. Muitas vezes, eu tinha que me esforçar para conseguir o dinheiro para pagar a escola, seja recolhendo pedrinhas para vender ou buscando água nas casas dos vizinhos. Enquanto eu lutava para seguir adiante, minha mãe trabalhava nos campos para nos sustentar a casa. Apesar de todos os obstáculos, consegui concluir o ensino médio, um feito que me enche de orgulho”.

Após a conclusão do ensino médio, “tive a oportunidade de estagiar no Parque Nacional da Gorongosa. Foi lá [onde] descobri minha paixão pela protecção da biodiversidade frente às mudanças climáticas através do conhecimento científico adquirido. Esta paixão levou-me à decisão em me inscrever ao curso de Engenharia Florestal na Universidade Lúrio em Niassa [Norte de Moçambique], com a esperança de fazer a diferença e ajudar minha família e comunidade”.

No entanto, mais uma vez “me deparo com dificuldades financeiras. Os custos para frequentar a universidade são elevados e, infelizmente, a minha família não os tem para me apoiar, [nomeadamente, acomodação, alimentação e propinas. São bastante altos para quem nada tem. “Eu temo que não consiga frequentar o curso por falta de recursos”.

“É por isso que recorro a qualquer tipo de ajuda possível, em busca de apoio a fim de me ver na carteira, quebrar o ciclo de pobreza na minha família e inspirar muitos jovens a dar importância à escola”.

A busca que Daniel refere depende de uma ajuda financeira numa primeira fase de “18.000 meticais” para cobrir as despesas de inscrição, matrícula, acomodação e alimentação. “Com esse apoio, tenho a esperança de pelo menos iniciar com o curso”, uma vez que o custo anual do curso corresponde a “57.700 meticais” divididos em “6.000 para residência, 43.200 para alimentação e 1.300 para pré-inscrição e 7200 para propinas”.

Uma mão lava a outra. Um gesto pode fazer diferença. Querendo apoiar com o que tiveres, pode contactar à Redacção do Jornal Profundus pela parte de contactos da empresa. (Muamine Benjamim).

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