A população da localidade de Chiadeia, nas zonas de Chapadje e Djochoe, no interior do distrito de Nhamatanda, em Sofala, queixa-se de cobranças exageradas feitas pelos fiscais locais.
Reunidos em forma de meia-lua durante a visita do administrador que por sinal a primeira naquele limite com a localidade de Macorococho, ainda em Nhamatanda, os experientes denunciaram a “cobrança exagerada”.
Os fiscalizadores chegam a exigir “capacete, colete, livrete até pisca-pisca“, “mesmo indo a machamba”, e sem explicação “podem mandar parar”, alegadamente porque seguem orientações de cima.
Não interessa se é motoxista ou não, se não tiver esses documentos, a população é obrigada a pagar de 200 a 1000 meticais. Aliás, bastará os fiscais mandarem parar, deve contar com pagamento, independentemente de documentos. A última decisão tem sido de apreender a motorizada até que haja pagamento. E este facto motiva a população a apreciar outras zonas pela maneira de viver ou até recorrer aos afazeres, tal é o caso dos afazeres prestados no vizinho distrito de Buzi.
Segundo um comunicado do Governo de Nhamatanda, de 20 de dezembro de 2023 até 31 de março de 2024, estão suspensas as taxas de circulação de bicicletas e motorizadas, incluindo a fiscalização. Mas isso não inibiu a queixa da habitual cobrança em Chiadeia.
A outra queixa é de os professores abandonarem as escolas. “Há professores que não aparecem nas escolas”, ficam na cidade da Beira ou mesmo na vila de Nhamatanda, a receberem os salários sem trabalhar, devidamente.
Para o administrador de Nhamatanda, Adamo Ossumane, “são essas preocupações de índole social e económico legitimas”.
“São preocupações que ainda vamos estudar no seio do Governo do distrito [para] buscarmos soluções”.
Durante o comício, Adamo Ossumane mandou indirectas para os que cobram exageradamente, na expectativa de que venham deixar de o fazer, uma vez que os fiscalizadores, também participaram o evento.
Adamo Ossumane entende que aquela população pede uma “representatividade do Governo” local, deixando de recorrer ao vizinho Buzi para serviços de Administração Pública. (Muamine Benjamim).