O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) apresentou os motivos pelos quais, houve a necessidade de reflexão para a criação de um Fórum de Dialogo Distrital focado na Conservação.
Dentre vários motivos, o administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Pedro Muagura destacou a caça furtiva, desmatamento, queimadas descontroladas, garimpo e pesca ilegal.
Algumas pessoas pensam que os solos que estão dentro do Parque são os mais férteis, mas, para Pedro Muagura, isso “não é verdade”, justificando que “esgotaram a capacidade nutritiva dos solos em zonas com muita frequência de uso, provavelmente obedecendo técnicas não muito recomendadas. “Os solos já são pobres”, declarou.
“Os solos que estão dentro do Parque podem ser ricos, mas, também se se aplicar uma má técnica de cultivo no mesmo solo, daqui a dois anos tornar-se-ão pobres igualmente ao que é apontado pobre hoje”.
A extracção de ouro ilegalmente é outro motivo para a criação de um Fórum de Dialogo para discutir assuntos interessantes da Conservação na Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa.
A extracção ilegal de ouro nem sempre é feita pelos residentes da Gorongosa, mas, também por pessoas provenientes das províncias vizinhas de Sofala, principalmente, Zambézia e Manica ou até por todos que viram ali um lugar de ilegalmente fazerem dinheiro. Mas, nos últimos anos, segundo Pedro Muagura, “os que praticam esta actividade já sabem que quando forem encontrados terminarão mal”.
Outro elemento associado a agricultura é a prática de queimadas, precedidas pelo abate indiscriminado de árvores. Mas também, existem pessoas que sem praticar agricultura gostam mesmo de queimar para clarear o redor do ambiente, por exemplo nas noites. E esta, segundo Muagura é uma grande percentagem: “não podemos pensar que o fogo só deriva da agricultura”.
A pesca é outro factor influenciador para a criação de um Fórum de Diálogo distrital para a Conservação. “Tem sido um elemento muito nocivo [principalmente], usando redes mosquiteiras” ou até uso de “produtos químicos nos rios para matar o peixe”. (Profundus PDF).