As comunidades estão a reduzir as queimadas descontrola- das. É a avaliação feita pelos técnicos afectos nas repartições dos Serviços Distritais de Planeamento e Infra-estruturas (SDPI) e nos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE), da Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa, nomeadamente, Nhamatanda, Gorongosa, Dondo, Cheringoma, Marínguè e Muanza.
A avaliação dos representantes do Governo é o resultado de uma capacitação de dois dias, envolvendo 24 técnicos dos seis distritos considerados Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa.
As queimadas descontroladas nas comunidades da Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa, normalmente são registadas nos meses entre junho a setembro, por vários factores, um dos quais associa-se à procura de ratazana abertura de novos campos de produção agrícola, costume de clarear o ambiente, entre outras motivações.
A técnica da Repartição de Gestão Ambiental, no SDPI – Muanza, Maria Sandra Manuel diz que é pela primeira vez a lidar com esse tipo de conteúdo, especificamente, ao ouvir sobre o monitoramento de queimadas descontroladas usando o SIG (Sistema de Informação geográfica).
Nas comunidades, existem facilitadores comunitários que ajudam a esclarecer certas dúvidas sobre as técnicas de combate a queimadas descontroladas e apoiam nas actividades de gestão das queimadas frias. “As queimadas ainda acontecem, mas já não [acontecem] como antes“. É o resultado de implementação de programas de sensibilização às comunidades, incluindo o apoio dos Clubes Ambientais facilitados pelo Parque Nacional da Gorongosa.
Os técnicos do SDPI e SDAE dizem que não dispõem do equipamento completo segundo o aprendizado, nomeadamente, fato-macaco, capacete e lentes de prevenção contra incêndio, mas como sectores têm o básico,nomeadamente, catanas, ancinho, luvas, etc. A ‘extensionista’ do distrito de Gorongosa, Berta Manuel Estevão, disse que vai implementar no campo o aprendizado, sensibilizando as comunidades a não optarem pelas queimadas descontroladas, partilhando o conhecimento aos colegas do sector.
Mesmo com a insuficiência de equipamentos para combater as queimadas descontroladas nas comunidades, “vamos implementar o aprendizado com aquilo que temos”, disse Berta Estevão.
A redução de queimadas descontroladas não é o objectivo do Parque Nacional da Gorongosa, o foco é eliminar esta má prática para o Meio Ambiente. (Muamine Benjamim).