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Casal asfixia, esfola e extrai unhas da filha menor em Nhamatanda

Um casal residente de Halumua, no interior do distrito de Nhamatanda, em Sofala, está a conta da Polícia da República de Moçambique (PRM), acusado de matar a sua filha de 1 e três meses. Depois do acto, esfolou-a, extraiu as unhas e escondeu o corpo.

O crime aconteceu na terça-feira da semana passada (01.09), numa segunda mulher do homem.

Entre o casal, o homem de 36 anos é acusado de ser o cabecilha do acto macabro. Uniu-se com a jovem mãe da menor vítima. A união durou apenas três meses, dividida em um mês de paz e os restantes dois, de tumulto, culminando com o acto macabro contra a criança.

Logo no segundo mês juntos, em agosto, o homem diz que abandonou a jovem por mau comportamento. “Quando cozinhava não me contava. Parei de dar despesa e não queria mais ela, por isso, lhe deixei,” alega aquele cortador de cana-de-açúcar, mas continuava a fazer-se naquela residência tal como no dia da morte da menor.

O homem estava num campo canavial, como de habitual longe de casa. A mulher conta que ele veio de noite, matou a criança e sumiu. Quando acordou, viu o corpo da filha com espuma na boca, logo desmaiou. “Foi nesse momento em que o marido apareceu e acusou de ser ela quem a matou”. Imediatamente contou à população a qual “me bateu muito” até chegar ao momento de ser levado para o Comando distrital da PRM.

O homem que diz ser pastor de uma igreja não tem única versão na tentativa de deixar a culpa para a mulher, negando tudo. “Peço uma investigação máxima”, suplicou às autoridades.

O homem, já na polícia, nega tudo, mas a mulher empurra-lhe a culpa. “Ele já vinha me pedindo para matar a minha filha, recusei. No dia que a matou, desmaiei”, conta a jovem sem duvidar.

O homem é pai de quatro filhos, fruto de outro relacionamento na localidade de Metuchira, ainda em Nhamatanda. Enquanto para aquela jovem, a vítima era a sua única filha. Ambos com relacionamentos anteriores.

A entrevista começou com o homem, o qual negou tudo. Mesmo depois da mulher apontar o marido como criminoso, continuou a negar.

 

Autoridades ainda vasculham possíveis compradores

A PRM em Nhamatanda soube do crime através de uma denúncia popular.

O porta-voz do Comando Provincial da PRM, Dércio Chacate, explica que o casal recorreu a uma corda para asfixiarem na vítima. “A posterior, começaram, com um objecto não identificado, a retirar parte do corpo desta menor. Detalhadamente, eles começaram a retirar as suas unhas e igualmente retirar parte da sua pele”.

Para a PRM, existem indícios de um crime de tráfico de órgãos humanos, um tipo de crime de homicídio agravado.

As autoridades continuam a vasculhar para descobrir aonde seriam “comercializadas” as partes do corpo retiradas na menor.

Lembre-se do outro crime que chamou atenção ao distrito com ligação a tráfico de órgãos humanos. Em maio de 2023, dois indivíduos foram detidos após terem assassinado uma pessoa e, a seguir, decepado parte do corpo. A vítima residia no Posto Administrativo de Tica. Aliás, foi a segunda vítima para o mesmo propósito, a primeira foi uma criança. Um dos supostos autores dos actos macabros confessou o crime. (Muamine Benajmim).

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