Recentemente, o Parque Nacional da Gorongosa (PNG) e parceiros, capacitou 72 pessoas, sendo 36 mulheres e igual número de homens pertencentes às comunidades de Nkhunku 1 e 2, Thoe, Muaca, Nsawa e Nhapherwa e Nhamaculomo Subue, no distrito de Maringué, na província de Sofala. A intenção é munir as comunidades de conhecimentos sobre saneamento do meio e gestão de água ao seu dispor contra as doenças na Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque.
A capacitação envolveu momentos de simulação em grupo sobre o uso correcto do furo de água, cuidados a ter com os fontanários, medidas de higiene e a sua conservação, principalmente para garantir a sua durabilidade.
Na ocasião, os participantes viram-se obrigados a decidir a criar um grupo de manutenção e operação da fonte a contar com quatro membros da comunidade em igualdade de género.
O grupo das comunidades, igualmente, foi formado em montagem e desmontagem da fonte de água e manutenção de rotina, incluindo o conhecimento do material necessário.
Fazem parte das responsabilidades do grupo de manutenção dos fontanários: a manutenção, reparação em caso de uma pequena avaria; gestão de peças; e o uso cuidadoso do equipamento pelas comunidades.
Tomé Franque Campira, da comunidade de Subue, e Narcisa António Jairosse, da comunidade de Muaca, foram alguns capacitados do sábado (16.11.2024). Todos garantem fazer réplicas do que aprenderam sobre saneamento do meio, uso correcto das latrinas e gestão de água.
Para Tomé Franque Campira, “foi importante conhecer os nomes das peças da fonte de água para garantir a sua reparação rotineira, algo que não sabíamos e desde já passaremos a fazer o uso devido da fonte de água de modo a garantirmos a sua durabilidade” disse. “Tem havido avarias dos fontanários. Sem conhecer no mínimo o nome das peças, nos dificulta repará-las”, reiterou.
Tomé Franque Campira espera uma “grande mudança de comportamento por parte da população, face a época chuvosa que se próxima”.
“Vamos informar as nossas comunidades a manter limpo o pátio das casas; colocar cinza nas latrinas para diminuir o mau cheiro; e abrir covas de latrinas no mínimo com dois metros de profundidade para mais tempo de uso”. São ensinamentos que ajudam no nosso dia-a-dia”, provou Narcisa António Jairosse, o que realmente aprendeu na capacitação. (Eugénio Becha – Maringué).