No Parque Nacional da Gorongosa PNG), as espécies documentadas aumentaram de menos de 1.500 para 7.942, de 2004 a esta parte. Algumas dessas espécies não são encontradas em mais nenhum lugar na terra. São dados que constam no Mapa da Vida da Gorongosa compilado até dezembro de 2024.
Duas décadas de investigação revelaram até ao momento quase 8.000 espécies, desvelando assim novos conhecimentos sobre os ecossistemas de África, especificamente, Moçambique. Portanto, em termos matemáticos, em média, a Gorongosa revela 400 espécies anualmente.
O PNG “pulsa de vida, desde bactérias microscópicas a elefantes imponentes, todos a prosperarem num dos países mais ricos em espécies de África. A incrível mistura de plantas e animais do Parque – muitos raros ou únicos na área – transforma-o num ecossistema dinâmico onde as espécies interagem e se apoiam umas às outras”, escreve o Parque.
Liderado pelo cientista Piotr Naskrecki, “o Mapa da Vida da Gorongosa está a aprofundar a nossa compreensão dos ecossistemas africanos e a oferecer informações críticas sobre a complexidade e interligação da natureza”, continua o PNG.
Em Gorongosa, uma equipa global de jovens cientistas está a catalogar todas as formas de vida neste laboratório vivo – desde micróbios do solo a elefantes – desvendando uma intrincada teia de vida num ambiente intocado.
O PNG é o único em Moçambique com cursos de Mestrado de Biologia de Conservação num ambiente totalmente natural, iniciado em 2018, além de que dispõe de um laboratório Edward O. Wilson – o pioneiro da biologia evolutiva desde 2014.
“O número de espécies documentadas aumentou de menos de 1.500 em 2004 para 7.942 actualmente, solidificando o estatuto do Parque como líder na ciência da conservação e tornando-o num dos locais com maior biodiversidade em África”.
Para o Parque, “os avanços na identificação de invertebrados e plantas neste ecossistema próspero destacam ainda mais os mamíferos, aves, répteis e insectos do Parque – muitos deles não encontrados em mais nenhum lugar da Terra. Uma variedade de ‘habitats’ – desde zonas húmidas a savanas – nutrem estas espécies e mantêm um equilíbrio delicado entre a vida vegetal e animal”.