A autonomia para o desafio da vida moderna

Vivemos tempos em que a liberdade se tornou um acto de coragem. Muitas mulheres optam por não se submeter às tradições matrimoniais, buscando paz, autonomia e plenitude interior. Mas a liberdade sem consciência é como navegar em um mar sem bússola: sedutora na superfície, traiçoeira nas profundezas, onde correntes invisíveis arrastam para escolhas que pesam sobre a alma.

As escolhas humanas, especialmente no campo da intimidade, carregam ecos que se propagam silenciosamente. Relações extraconjugais, encontros furtivos, comportamentos levianos — não são apenas desvios individuais; são reflexos de falhas sociais, educacionais e morais, e do abismo que se abre quando o desejo e a razão se confundem. É o “Diabo” simbolizando as tentações que se escondem no coração, sussurrando promessas fáceis enquanto a sabedoria se cala.

A verdadeira autonomia não é viver sem limites; é viver com discernimento, responsabilidade e ética. Cada decisão, mesmo a mais privada, reverbera na própria existência e na vida daqueles ao redor. A liberdade sem sabedoria é uma prisão dourada; a sabedoria sem liberdade, um cárcere silencioso.

O desafio da vida moderna é dançar entre polos opostos: autonomia e consciência, desejo e ética, liberdade e responsabilidade. Quem aprende a equilibrar essa dança transforma cada escolha em acto de criação, não em armadilha. E, ao final, descobre que a verdadeira liberdade não é ausência de limites, mas a coragem de escolher com alma desperta.


Discover more from Jornal Profundus

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Discover more from Jornal Profundus

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading