A construção da ponte sobre rio Metuchira traz uma esperança à população local, principalmente aquela que recorre aos campos de produção agrícola e serviços sociais nas margens divididas. Depois de vários falhanços, chegou a vez de se concretizar, no interior do distrito de Nhamatanda, na província de Sofala.
As mesmas chuvas da quarta-feira até manhã de ontem quinta-feira, removeram o montão de areia que servia de travessia no rio Metuchira. E na localidade de Bebedo houve quatro mortes incluindo uma menor de 5 anos de idade por descargas atmosféricas.
Na tarde de ontem quinta-feira, cada travessia sobre o rio Metuchira custava 10 meticais por canoa.
A ponte metálica em construção sobre o rio Metuchira em Nhamatanda, iniciou em maio de 2023 e o lançamento da primeira pedra foi feito no dia 4 de novembro do ano. Até maio de 2024, deverá estar pronta.
Já existem alguns pilares que vão assegurar o material metálico. Para alguns, é “apreciável”, até preferem parar de perto para ver a construção das obras.
A ponte vai ligar a Estrada Nacional Número Um (EN1) e Estrada Nacional Número Seis (EN6) atalho passando de Metuchira, além de dar acesso às comunidades de Metuchira, de Bebedo, de Nhampoca, da vila sede do distrito de Nhamatanda, da cidade da Beira (maior mercado da província) e ao vizinho Parque Nacional da Gorongosa.
Nhamatanda abastece em 60 por cento de hortícolas à capital de Sofala, Beira. Uma parte significativa dessa percentagem passa sobre o rio Metuchira.
A ponte fará a ligação das duas margens de Metuchira. Na margem norte, localiza-se a EPC Metuchira e o Centro de Saúde, e na margem sul, localiza-se a Escola Secundária de Metuchira, beneficiando um total de 104.135 pessoas.
Em Moçambique, muitas obras iniciam, mas não terminam conforme o tempo previsto por vários motivos muitas das vezes não esclarecidos. Independentemente do tempo, as chuvas já provaram a necessidade de urgência da infra-estrutura em Metuchira.
Lembre-se que em 2019, o ciclone Idai destruiu o conjunto de madeiras a modo “simples tapete”, mas ainda tinha restos para travessia condicional. Já em janeiro de 2021, a fúria do ciclone Chalane removeu todas tábuas. Era obra da “Lumaco” entidade não-governamental. Entretanto, há esperança com 1.235.838,43 dólares (cerca de 79.093.632 meticais) a serem aplicados na construção da ponte metálica, um financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD, sigla inglesa), no contexto de reconstrução pós-ciclones. (Muamine Benjamim).