As autoridades municipais estimam uma perda de 162,5 hectares de arroz em Dondo, incluindo a área historicamente com potencial de produção, Vale de Madruzi, motivada pelas pragas e queda irregular das chuvas na presente campanha agrícola 2024/2025. Mesmo assim, existem reservas e a segurança alimentar está garantida.
O vereador das actividades económicas no Conselho Municipal do Dondo, Jorge Vilanculos, referiu que a seca que afectou a região não comprometeu a colheita de arroz, uma das culturas mais importantes para a dieta alimentar local e para a renda das famílias camponesas.
Os dados do sector da agricultura na autarquia de Dondo apontam 18.573 hectares de produção para a época 2024/2025, mas a colheita do arroz parou numa representação de 17.786,2 hectares, representando um défice considerável. São dados ainda em actualização, mas já existe uma estimativa de 162,5 de perdas.
“Essa área [perdida] é insignificante para nós conforme constam os dados, a produção este ano foi boa, existem reservas e a segurança alimentar está garantida”, garantiu Jorge Vilanculos.
O município de Dondo chama à consciência para que os produtores locais conservem a semente e coloquem parte da colheita no mercado, garantindo a sustentabilidade económica até março de 2026 – período crítico antes da segunda época de produção agrícola.
A Vereação das Actividades Económicas no Conselho Municipal do Dondo diz que tem feito o acompanhamento durante este período crítico, através de culturas de época fresca, em especial, hortícolas.
Em parceria com o governo distrital, através do Serviço Distrital das Actividades Económicas (SDAE), “temos criado algumas ideias para os produtores terem espaço de exposição dos seus produtos, tanto os da 1.ª e 2.ª época”, disse Vilanculos.
A queda irregular das chuvas motivou alguns produtores a semearem pela segunda vez nas várias culturas. Por exemplo, na primeira quinzena de outubro de 2024, os produtores já faziam transplante de arroz, sementeira de algumas culturas o deixa muitos deles na incerteza em relação ao período exacto de chuvas.
“A chuva só cai entre final de dezembro, janeiro e fevereiro o que complica o calendário agrícola dos produtores”. Portanto, exige dos produtores a adaptação deriva das mudanças climáticas, disse a autoridade municipal, reconhecendo que ainda “existe alguma resistência de produtores que ainda não assumiram” a realidade, “mudanças climáticas” e o trabalho do governo é de sensibilizar e fazer perceber que constitui uma realidade”. (Narcísio Cantanha).
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