Dondo: Há quatro mortos da mesma família por razões ainda não conhecidas

Quatro pessoas morreram na noite do último domingo, em circunstâncias estranhas, no bairro Nhamaiabwe, distrito de Dondo, em Sofala. Um dia antes, sábado, as vítimas encontravam-se num momento de lazer depois de funeral de um querido.

O destaque das vítimas vai para o genro, sogro e mais dois membros da família, de idades entre 50 e 70. Todos estiveram numa cerimónia fúnebre realizada na passada quinta-feira. No sábado foram tomar “umas” misturando a bebida tradicional vulgo “Nipa” com a fabricada Banisters.

Rosa João é membro da família das vítimas. “[Eles] compraram a bebida tradicional, depois de consumirem adicionaram outra de garrafa grande. Estiveram a consumir as mesmas bebidas. Chegaram à casa, foi quando começaram a passar mal. Nã manhã de domingo, as três vítimas perderam a vida e outra depois de ser transferida para Hospital Central da Beira (HCB), viria a falecer”, conta a neta de um dos falecidos.

“Sábado era o terceiro dia de nos separarmos da cerimónia. Só que hoje [domingo] me ligaram a dizerem que vovó está a passar mal. Quando cheguei, encontrei falecimento. Acredito que tenha sido mistura de bebidas que levou a perder a vida às 5h”, contou a neta.

Alberto Domingo Alberto, filho mais velho, lamentou pelas perdas do pai, tio e sobrinho, apontando uma possível acção inventada sem exactamente culpar o consumo das bebidas ou falta de alimentação.

Para Alberto “alguém armou, foi uma conspiração. Não foi a bebida, eu também estaria morto. Da mesma família, restamos duas pessoas vivas que consumimos as bebidas. Fui o último a terminar aquela bebida, também comeu-se. Não foi bebida e nem fome, eu estou aqui, alguém usou a bebida e matou pessoas”, contou insistentemente.

As quatro vítimas deram entrada ao Centro de Saúde de Dondo, sendo três sem vida e o último transferido para o Hospital Central da Beira onde viria a perder a vida na noite do mesmo domingo.

O secretário da Unidade no bairro Nhamaiabwe, Pedro Angolete, disse que as mortes deixam muitas dúvidas por se tratar de mais de uma pessoa.

“Se fosse uma pessoa, talvez poderia dizer que foi pela fome ou bebida, mas [morte de] duas pessoas ao mesmo tempo? Não é possível eles vinham bebendo”, admira o secretário confiante nas investigações policiais que já decorrem.

Neste momento, as autoridades investigam para descobrir se se tratou de envenenamento, consumo excessivo de álcool aliada a falta de alimentação ou outros motivos. (Narcísio Cantanha).

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