FRELIMO decide: “Devem ser repostas as bancas ou indemnizadas, não sei como”, em Nhamatanda

A destruição das cinco bancas pelas 2 horas de hoje, por uma máquina, prosseguiu sem aval do tribunal e sem passar pela assembleia municipal. A Polícia da República de Moçambique (PRM), polícia municipal e o município dizem que não sabiam da suposta decisão destruidora, souberam depois do crime cometido. Mas um advogado citado no caso contradiz a edilidade. Enquanto a Frelimo no distrito decidiu que deve haver reposição dos danos por indemnização ou novas construções seguidas de diálogo de sucesso, sem “máfia”.

Depois da destruição, o momento de tensão permaneceu em Nhamatanda. Hoje, quem passou atentamente até ao anoitecer naquela via não deixou de admirar negativamente pelo novo visual criado pela madrugada, depois das destruições. “Queremos justiça” – era simples ouvir esta frase várias vezes que qualquer outra, tentando-se assim uma geoestratégia local para manifestação.

A EDM, na pessoa do director, Mário Yule, absteve-se ontem, sexta-feira, quando se apercebeu de algo estava incorrecto. A mesma proposta de Azenha que a vereação de Saneamento e Meio Ambiente, através de Alfinar, no município recusou para propor o corte de energia. Mas hoje, tiveram a surpresa de bancas destruídas.

O nome de Azenha não escapou no processo, que motivou lamento do primeiro secretário da Frelimo em Nhamatanda.

Não se sabe exactamente sobre o papel de Azenha neste processo, mas é sabido que ele é do Instituto de Promoção e Assistência Jurídica (IPAJ) e membro da Assembleia Municipal de Nhamatanda pela Frelimo.

O município, a partir do sector de Desenvolvimento Local (Mercados), diz que apenas tem um comunicado de 2021-2022 que aponta a retirada de comerciantes em nome da Pipiline que ajudou a construir o mercado Nsavo entregue em 2023, mas que ninguém usa. Neste caso, a remoção dos visados seria para aquele local ainda em 2023, segundo a promessa da edilidade.

Falhado 2023, no dia 7 de maio de 2025, a edilidade emitiu um comunicado que aponta a partir do dia 20 do mesmo mês a ocupação de Nsavo. Azenha alega o tal documento, enquanto os comerciantes ainda sonhavam no diálogo antes de qualquer despejo, mas veio a destruição incluindo produtos.

Que fique claro, não passou da assembleia e nem foi decisão do tribunal, o que preocupa mais a FRELIMO ao saber que o assunto envolve homem que sabe interpretar as leis que mesmo estando com o partido não comunicou.

Ainda hoje, depois da destruição, a Frelimo decidiu solicitar a todos visados, Governo, vereadores do município, polícia municipal, os lesados, excepto o chinês – o patrão do momento. Ali, cada um devia contar sem “curvas” diante de todos e do “Profundus”.

Os moçambicanos lesados explicaram que têm noção da Papline querer remover as bancas na berma da estrada. Mas se é o caso, não é daquela forma. Aliás, mesmo se fosse para dar espaço ao chinês que comprou o talhão do falecido Nobre, ainda entendiam que precisavam de uma comunicação efectiva que envolveria o diálogo com o patrão do momento ou o dono do espaço – filho do Nobre.

Pedro Filipe explicou que o falecido Nobre sabia onde era o limite, por isso, ninguém ousou entrar na margem.

Mas tudo começou quando o mercado Nzero estava cheio. Então, antes da vila tornar-se município, em 2002, no tempo do administrador Francisco Natal, os comerciantes foram ditos que deveriam ocupar o mesmo, mas sem garantir permanência. Com o tempo, cada um apetrechou com tempo, afinal precisava de garantir a segurança dos produtos, tanto que nenhuma obra destruída era de material precário.

Pedro Filipe que é porta-voz dos lesados, é natural que não “treme”. Tem detalhes de Nhamatanda, desde o tempo da administração da vila municipal. Como comerciantes dali, “nunca” tiveram problemas com o falecido Nobre, dono do espaço porque os limites eram respeitados.

Destruíram as nossas bancas para dar espaço de entrada ao chinês que comprou o talhão e fez o muro dele.

Mas continua a dúvida, se a tal decisão de tirar os comerciantes seria apenas para os cinco lesados ou para todos os comerciantes que vendem na berma da estrada, alegadamente por orientação da Papline.

Para a Frelimo não tem lógica. Se a ideia era seguir a orientação da Papline, a destruição deveria afectar todos os que estão ao lado da estrada para manter o distanciamento de 50 metros. Mas ficou claro com a atitude demonstrada hoje que a destruição apenas afectou aqueles cinco edifícios porque devem dar espaço de entrada ao chinês que está a construir atrás das bancas. A ser assim, conclui o primeiro secretário da Frelimo em Nhamatanda, deveriam antes dialogar com os munícipes visados, não improvisar decisão de destruir os edifícios com os respectivos produtos. E agora, “onde vão ficar? Onde vão vender? Questiona Alberto Semente, que tem história de Nhamatanda desde 1993.

Pergunta que todos se colocam: “Quem destruiu as bancas com a máquina? A resposta continua um mistério. Todos dizem que não sabem.

Entretanto, naquela reunião, os lesados não deixaram de questionar a exclusão na reunião do chinês comprador do terreno. Enquanto Frelimo luta para a transparência e recuperar a confiança dos lesados, aliás, de muitos que aguardam motivos de manifestação.

Então o município deve decidir, como autoridade, paralisar as obras do chinês até que haja solução desses lesados. Quero relatório desse assunto até na segunda-feira”, “carimbou” o número um da Frelimo em Nhamatanda.

É um assunto que ainda vai mover muita tinta. Em actualização. (Muamine Benjamim).

Famílias choram: Destruídas 5 bancas e respectiva mercadoria pela madrugada para dar espaço a “um investidor chinês” em Nhamatanda – Jornal Profundus


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