São 4.379 famílias no distrito de Gorongosa que estão a beneficiar do apoio do Parque Nacional da Gorongosa. Os benefícios incluem insumos agrícolas e respectiva assistência técnica.
As famílias fazem parte de Clubes de agricultores criados nas comunidades. Os clubes são compostos por 25 membros com respectivo líder.
Onde a Elisa João Faera é presidente do Clube de agricultores, recebeu 50 plantas de cajú, 10 quilogramas de sementes de milho, 1 kg de gergelim, 2 kg de feijão bóer (1ª época). Na hortaliça, 5 kg de quiabo, 100 gramas de cebola, 10 gramas de repolho, 6 pacotes de tomate (6X1000 sementes) para aplicarem no campo de demonstração no qual aprendem as técnicas agrárias a aplicarem nas machambas individuais.
As famílias projectam que estas quantidades terão impactos significativos para o consumo e outra parte para a venda, além de garantir sementes aos próximos anos.
A Gorongosa também apoia na produção de caju, uma janela de oportunidades para a mudança de comportamento e de vida nas comunidades de Tazaronda.
A produção já está a dar rendimento, disse a presidente. “Tive benefícios ao vender produtos como caju e milho. O dinheiro ajudou os filhos na escola, compra de sal e de sabão, comprou cimento e está a construir uma casa”.
Tito Costa Simão, com 37 anos, diz que é só pela Gorongosa que já produz o caju, uma aposta que era antes de ter na vida. Recebeu pelo Parque “250 plantas de cajú e aprendeu o passo a passo para plantar”.
Entre plantas a distância deve ser de “10 metros para o desenvolvimento das mudas, passou as dicas.
Em 2023, Tito Costa Simão conseguiu “150 quilogramas de castanha de caju. Para 2024, o produtor quer o dobro do ganho “300 quilogramas”, projectando assim a sua vida, apoiando os filhos na educação e nas despesas diárias da família.
Tito Costa Simão, com os ganhos de 2023, avançou para a construção de casa do tipo II, por isso, apela à comunidade de Tazaronda a continuar a produzir o caju.
Manuel Laguisse Maguira, de 55 anos, com os ganhos pelo sector de agricultura da Gorongosa, avalia que as iniciativas do Parque estão a “caminhar bem. Não tinha conhecimento de como produzir tecnicamente nos campos agrícolas. Já “estão a mudar a nossa vida; na despesa de casa e material escolar. Com isso, agradece ao Parque, as comunidades já estão a mudar.
Lembre-se que perto da vila de Gorongosa, existem mais dois grupos, um de Mangú e outro de Cilindro, compostos por 25 membros cada, visitados pelo “Profundus”, perfazendo 50 famílias. E com as de Tazaronda somam 75 famílias que receberam visita de imprensa naquele distrito. (Ancha Assane – Gorongosa).