Recentemente, um total de 30 membros do Clube Ambiental esteve reunido para partilhar boas práticas de Conservação na comunidade de Chissange, distrito de Dondo, Zona de Desenvolvimento Sustentável do Parque Nacional da Gorongosa (PNG), em Sofala.
O Clube Ambiental é composto por alunos da Escola Primária Completa (EPC) de Chissange de 3.ª a 6.ª Classes e motivados pelo PNG, cujo objectivo é ajudar a comunidade a conservar o meio ambiente.
O membro do Clube Ambiental, Armando Samsom reconhece que a poluição das águas é também provocada quando lavamos as viaturas nos rios. “Os veículos possuem óleo e combustível, quando lavamos nos rios, poluímos a água e provoca grandes prejuízos para animais tanto como o homem que for a consumir a mesma água”.
“Há prática da pesca ilegal ao introduzirem medicamentos na água. É prejudicial para os animais, sendo assim a poluição é negativa para o desenvolvimento ambiental”, reconheceu Armando Samson.
Armando Samson diz que, para permitir que os animais aquáticos cresçam e reproduzam, deve-se pescar com anzóis grandes, evitando capturar os peixes pequenos.
“Não se deve usar a rede mosquiteira e nem poluir a água. Se comermos o peixe que for pescado da água poluída, pode nos causar doenças como: diarreias, dores de barriga, cólera e mais”, chamou atenção.
Armando Samson é uma das pessoas da comunidade que não sabia que algumas práticas destroem o meio ambiente, por isso, antes de fazer parte do Clube de Jovens também praticava actividades nocivas, mas já as deixou.
Para Samson “aos poucos, as comunidades vão diminuir a intensidade de práticas que prejudicam o ambiente natural”, acreditando que com o tempo e com estas intervenções, as comunidades “poderão parar com todas as práticas contra o meio ambiente”.
Enquanto Domingas Alberto fala de queimadas descontroladas ao estragarem o solo. Diminuem o estrume. “São actos negativos, mas a comunidade está a reduzir essas práticas a partir das instruções dadas nos Clubes do PNG”.
“Se abater árvores, é preciso plantar outra para manter o ambiente natural, visto que as plantas são importantes para seres vivos e fornecem o oxigénio”.
As queimadas descontroladas também são provocadas por caçadores, fumadores, lançando beatas de cigarro, camionistas após cozinharem em qualquer lugar, deixando fogo nas matas que acaba se alastrando.
O Homem é promotor das queimadas descontroladas que causa grandes perdas no meio ambiente. Portanto, aconselha-se às comunidades a não praticarem. “Controle o máximo possível o fogo mesmo que seja para a queima das machambas; deve criar as melhores condições para que o fogo não se alastre para fora do seu campo de cultivo; junte o capim e depois queime-o”. São também as melhores formas de evitar a prática de queimadas descontroladas.
Outro aluno daquela escola, Francisco Domingos avalia que a comunidade está a acatar as instruções dadas pelo PNG através do Clube Ambiental.
O Clube Ambiental em Chissange é responsabilizado ao professor Albino Angas, da mesma escola básica.
Albino Angas explicou que o objectivo do Clube Ambiental “é salvar o nosso meio ambiente, por essa razão abordamos algumas medidas para salvarmos o meio ambiente”.
No encontro da última terça-feira em Chissange, a floresta foi um dos temas abordados em Chissange, incluindo a criação de vasos ecológicos na base de material local com dupla vantagem: de fácil acesso e servindo de estrume.
É na floresta onde vivem muitos animais selvagens, o caso específico “Gorongosa”.
Na Serra da Gorongosa (floresta) existe precipitação de chuvas como origem de pequenos rios que facilitam aos animais a beberem as águas e, ao mesmo tempo, servindo de consumo para as comunidades ao seu redor, tanto para irrigação de plantas. É um dos motivos para o Clube Ambiental abordar esta matéria de como proteger a floresta, usando material local.
O professor Albino Angas envolveu os alunos a criarem vasos ecológicos, baseando-se no material natural e local: falso tronco de bananeira.
“Usamos o material local porque tem dupla vantagem. É de fácil acesso e quando usado no plantio não se remove o vaso, enterra-se com o vaso que depois decompõe-se, aumentando assim o estrume para a própria planta. Diferente do vaso plástico que não se decompõe. Explicou o responsável do Clube Ambiental em Chissange. (Tesoura José Mineses – Dondo).