Em Lisboa (Portugal), um grupo de cidadãos guineenses sai às ruas, hoje, sábado, em prol do regresso de Sissoco Embaló à Presidência da Guiné-Bissau. A manifestação visa igualmente reivindicar o retorno da ordem constitucional, após o aparente golpe de Estado de 26 de novembro.
Movimento semelhante também foi lançado recentemente na Guiné-Bissau. Contudo, Sissoco Embaló era apenas Presidente cessante, pois o país estava a terminar um processo eleitoral quando supostamente foi tirado do poder pelos militares próximos a si.
“Compreendemos muito bem que ele já tinha cessado o período do mandato. Nós não poderíamos pedir a uma outra pessoa que continuasse para poder acabar aquilo que se começou ou fazer as eleições livres e justas para se poder determinar concretamente quem poderá depois vencer essas eleições. Pelo facto de ser um presidente cessante não descarta que a pessoa que tem o seu mandato acabado continuasse para poder realizar eleições”, disse o ex-candidato às eleições legislativas no círculo da diáspora Europa pela Plataforma Republicana, e mentor do Movimento pró-Sissoco em Portugal, José Balé.
“Nós todos ainda estamos em dúvidas. Imagina que se tratava de uma coisa que você não sabia se era ou não um golpe, mas lhe deram a entender pela sua segurança como Presidente que você deveria estar num sítio [mais seguro]. E se vê que tem acesso ao seu próprio telefone e tem tudo como deve ser, você não poderia imaginar que aquilo se tratava de um golpe. Essa é a minha lógica, não estou a dizer que foi que se passou, mas estou a ver os factos. Porque até agora, como disse, estamos surpreendidos, não sabemos o que aconteceu”.
“As entidades competentes dizem que não estão em condições de divulgar os resultados das eleições, aí nos questionamos: E amanhã, quem pode confiar nos resultados que podem ser alcançados? E outras entidades quiserem divulgar os resultados, a própria entidade responsável disse que não tinha condições, aí é que está a nossa dúvida. Entendo que se deveria continuar todo o processo. Não era pedir a um grupo de gente para vandalizar. Se isso fosse num país bem desenvolvido, imagina que os resultados saiam mesmo das sessões e províncias iam directamente para a central, não era dentro de um computador ou dentro de malas ou urnas. Cada resultado seria inserido num sector central. Aí seria evidente que a gente vai recorrer para retirar todos os resultados. Agora, atas que as pessoas levam nas mãos e entregam-se uns aos outros, não sei se depois isso dignificaria a pessoa que ganhou”.
O que motiva movimento de regresso de Sissoco à Presidência? – DW – 12/12/2025
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