Um jovem encontra-se detido no Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) no distrito de Dondo indiciado de roubar nas residências com recurso a feitiçaria na calada da noite, no distrito de Dondo, província de Sofala.
O indiciado foi surpreendido na calada da noite da última quinta-feira no bairro de Macharrote na posse de um instrumento estranho considerado para o uso ritual (feitiçaria), como um dia normal para roubar.
Entre os bens apreendidos constam mesas, cadeiras, colunas, baldes, colchão, ventoinhas e outros utensílios, que teriam sido levados em diferentes residências.
O jovem detido confessa o crime de roubo a residências, entretanto, nega o objecto de feitiçaria, diz que não lhe pertencia.
“Estou preso por causa de roubar colunas, amplificadores, seis capulanas e três panelas. Tirei tudo numa casa cuja porta estava fechada. O curandeiro dele não sou eu, eu apenas usava chaves para abrir os cadeados”.
Já “no mercado, vi uma adolescente com uma capulana idêntica à minha. Perguntei-lhe onde encontrou e ela disse que a mãe lhe deu, porque namora um senhor. Liguei para a mãe da rapariga, que confirmou a verdade. Foi então que houve contacto com a polícia para fazer buscas. Com ele se encontraram também objectos tradicionais, tenho a certeza que usava isso para evadir nossas casas.”
O caso reacende preocupações em torno da utilização da feitiçaria como meio de intimidação ou manipulação no seio das comunidades.
O porta-voz da PRM em Sofala, Honório Chimbo, confirmou na última sexta-feira a detenção do jovem.
“Inicialmente, acreditava-se que se tratava de uma quadrilha, mas constatou-se que um único indivíduo estava perpetrando os crimes”, disse Honório Chimbo.
Neste momento, os bens recuperados estão no Comando Distrital da PRM do Dondo.
A PRM apela a todos os cidadãos lesados que se dirijam ao Comando para reaver os seus pertences.
“Este não é o primeiro registro do indivíduo no Comando distrital, configurando-o como reincidente. As autoridades certamente aplicarão uma medida mais severa, resultando em pena mais grave do que na primeira infracção”, disse.
A PRM apela à população para denunciar sempre os comportamentos suspeitos, por forma a reforçar a segurança. (Narcísio Cantanha).
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