Nhamatanda na província de Sofala não é diferente dos outros em Moçambique. O distrito acolheu no último sábado, a Campanha Nacional de Canto e Dança, no âmbito do “Dezembro Vermelho”, contra HIV/SIDA.
Dezembro Vermelho é a campanha nacional de conscientização sobre o HIV, vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). A iniciativa busca alertar sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento e das formas de prevenção contra a doença que já matou milhares e continua a matar no mundo.
No sábado (09.12.2023), no campo da vila municipal de Nhamatanda, artistas nacionais juntaram-se aos locais em forma de teatro-dança para consciencializarem sobre o HIV/SIDA. E ao redor, estavam os espectadores. Afinal era a forma de fazer chegar a mensagem.
Lembre-se que, em 2022, o Governo moçambicano fez um inquérito que registou uma redução do HIV/SIDA de 5,1% para 4,1 % avaliando os períodos entre 2015 e 2022. As mulheres lideram a infecção de mais de dois milhões de cidadãos em Moçambique.
Segundo o estudo, Moçambique teve uma redução de 25 por cento em novas infecções, segundo a meta de 50% até 2025.
Nos últimos 22 anos, o tratamento anti-retroviral evitou a morte de cerca de um milhão de cidadãos em Moçambique. Apesar do sucesso, persistem níveis elevados de desigualdades de género, limitada cobertura da prevenção combinada do HIV e fraca cobertura da testagem, em particular para os homens.
As mulheres com idades entre 15 e 29 anos de idade permanecem no grupo de mais infectados pelo HIV em Moçambique, porém a incidência reduziu de 5,1% para 4,1%, nos últimos seis anos.
Das mais de 2,4 milhões de pessoas infectadas pelo HIV/SIDA, apenas 71,6% conhecem o seu estado, ou seja, perto de 700 mil cidadãos vivem com a doença sem saber.
O HIV, só em 2022, matou mais de 48 mil pessoas no país. Portanto, o “Dezembro Vermelho” é contra esta doença. (Muamine Benjamim).