Nhamatanda: Livaningo junta munícipes sobre “soluções para a poluição plástica”

O Projecto Kukwuiza é implementado por duas Organizações-Não Governamentais, nomeadamente, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistências (ADRA) e Livaningo, mas ambas diferem na actuação – a primeira focada na agricultura e comercialização, enquanto a segunda, na gestão ambiental e género. Está a criar mecanismos de resposta a vários problemas locais com envolvimento das comunidades, desta vez através de sensibilizações sobre “soluções para a poluição plástica” em Nhamatanda, no âmbito do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de Junho.

Ontem, quinta-feira, entre jovens, adultos, idosos, instituições governamentais e privadas, em massa, com máscara, luva, bota, vassoura, ancinho, pá e contentores de lixo fizeram a recolha de resíduos sólidos, incluindo plásticos na vila municipal de Nhamatanda.

Na ocasião, o técnico ambiental Osório Belchior desafiou aos participantes a apresentarem desvantagens de um plástico e vantagens de uma sacola feita de capulana, tornando-lhes mais consciente sobre os riscos do material não reciclável. “Há soluções locais para proteger o meio ambiente”, disse.

A poluição plástica é um contribuinte significativo para poluição da água. O descarte inadequado de resíduos plásticos, como garrafas, sacolas e materiais de embalagem, faz com que esses itens entrem em rios, lagos e oceanos. A durabilidade do plástico significa que ele pode persistir em ambientes aquáticos durante séculos. A acumulação de detritos plásticos representa uma ameaça directa à vida marinha, uma vez que os animais podem ingerir.

Uma das principais fontes de poluição por plástico são os produtos de plástico de uso único, que não circulam na economia, sobrecarregam os sistemas de gestão de resíduos e acabam por chegar ao ambiente. Alguns dos produtos mais comuns são garrafas de água, recipientes dispensadores, sacos de takeaway, talheres descartáveis, sacos de congelação e esferovite de embalagem.

Com as sensibilizações e o plantio de árvores, a Livaningo pretende minimizar o uso de plásticos que normalmente leva cerca de 400 anos para decompor-se e garantir o reflorestamento em Nhamatanda.

Nas comunidades, a  Livaningo apoia os Comités de Gestão de Recursos Naturais (CGRNs) – espaços de diálogo e tomada de decisões sobre a utilização dos recursos naturais, promovendo a participação e o empoderamento das comunidades.

A Livaningo, através do técnico ambiental Osório Belchior avalia que “até ao momento, nos sentimos orgulhosos porque certas actividades não aconteciam nessas comunidades, por exemplo, uso massivo de fogões melhorados (fogão poupa-lenha ou poupa carvão), incluindo [treino sobre a produção usando material local e acessível] ”, além de que as comunidades já estão mais conscientes sobre as desvantagens de destruir o meio ambiente e “sentem a sua responsabilidade” de protegé-lo.

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