O distrito de Chemba, província de Sofala, voltou a ser palco de mais um trágico ataque de crocodilo nas águas do rio Zambeze. O corpo da criança foi recuperado horas depois, sem vida.
O incidente ocorreu na passada sexta-feira, numa ilhota chamada Utiritiri, quando o menor de 9 anos foi surpreendido por um crocodilo enquanto se encontrava próximo de um curso de água.
Relatos locais indicam que houve pronta intervenção de homens que estiveram no local. Procuraram pelo menino na água, mas recuperaram o corpo sem vida. Aliás, uns dizem que houve luta com o crocodilo, até largar o menor.
A situação gerou alarme entre a população e mereceu destaque durante a sessão do Diálogo Nacional Político Inclusivo realizada no sábado, na vila-sede de Chemba. Na ocasião, o administrador do distrito, Bento Conde Zeca, manifestou profunda preocupação com os ataques, apelando ao reforço das acções de prevenção, vigilância e educação comunitária, especialmente nas zonas ribeirinhas.
O Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE), em coordenação com os órgãos de gestão da fauna bravia, foi mobilizado para averiguar o caso e delinear estratégias de mitigação, incluindo campanhas de sensibilização e possíveis medidas de controlo da população de crocodilos nas áreas de maior risco.
As autoridades reforçam o apelo à população para evitar o acesso às margens dos rios sem vigilância e continuar a reportar qualquer avistamento suspeito de animais perigosos, de modo a prevenir perdas humanas.
O outro ataque registado neste ano foi no dia 2 de junho, quando outro miúdo de 6 anos se encontrava a brincar com amiguinhos no areal. Ao lado, estava a mãe da vítima e sua amiga lavando roupas na margem das águas do rio Zambeze, na ilha de Madagáscar. De repente o crocodilo atacou, arrastando-o para as águas profundas. O corpo não foi achado.
Refira-se que em 2024, foram abatidos mais de dois crocodilos em menos de três semanas, supostamente problemáticos e supersticiosos, principalmente, na lagoa Ntunga. Depois dos vários ataques anteriores, um crocodilo chegou a levar botija de agua, confundindo ser pessoa, aumentando assim, as alegacões de superstição.
Através de anzóis, rede e carne de cão, os malawianos abateram os animais. Entretanto, o abate dos crocodilos levanta uma discussão. Uns pela falta de provas de se realmente se trata de animais problemáticos e supersticiosos e se matar seria a solução dos ataques recorrentemente reportados.
Na semana passada, Chemba recebeu uma equipa técnica do Censo Nacional de Elefantes e grandes mamíferos, no âmbito da iniciativa para o levantamento da fauna bravia, cujo objectivo é de compreender melhor a dinâmica destas populações dentro e fora das áreas de conservação, estrategicamente, ajudando na mitigação de futuros conflitos. (Rosário Phoinde).
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