O número de mortes causadas pelo naufrágio de duas embarcações que transportavam migrantes ao largo do Djibuti subiu para 48, existindo ainda 75 desaparecidos, anunciou hoje a Organização Internacional para as migrações (OIM).
Um total de 320 pessoas da Etiópia encontravam-se a bordo de duas embarcações provenientes do Iémen quando foram obrigadas pelos seus passadores iemenitas “a desembarcar em alto mar e a nadar”, por volta das 03h00 locais de terça-feira, disse a OIM à AFP.
Entre os 197 sobreviventes encontra-se um bebé de 4 meses cuja mãe se afogou.
A agência das Nações Unidas tinha anteriormente estimado o número de mortos em 45 na terça-feira.
Esta tragédia ocorrida ao largo da costa de Obock, faz de 2024 “o ano mais mortífero para as travessias marítimas de migrantes, entre o Leste e o Corno de África e o Iémen”, lamentou a OIM.
Pelo menos 1.300 migrantes morreram nesta “rota oriental” desde 2014, incluindo 337 entre janeiro e agosto de 2024, segundo a agência da ONU.
Em maio, a OIM afirmou que, apesar dos perigos, o número de migrantes que chegam anualmente ao Iémen “triplicou de 2021 a 2023, passando de cerca de 27.000 para mais de 90.000”.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes do Corno de África tomam a “Rota Oriental” através do mar Vermelho, numa tentativa de chegar aos países ricos em petróleo do Golfo, fugindo de conflitos, catástrofes naturais e fracas perspectivas económicas nos seus países de origem.
Em agosto, uma embarcação que transportava migrantes afundou-se ao largo da costa do Iémen, matando 13 pessoas.
Os migrantes que conseguem chegar ao Iémen enfrentam muitas vezes outras ameaças à sua segurança no país mais pobre da Península Arábica, que se encontra em guerra civil há quase dez anos. (Notícias ao Minuto).
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