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Ali Bongo: Afastado do partido depois do Golpe de Estado em Gabão

Quase um ano depois do ex-Presidente do Gabão Ali Bongo, ser deposto por um golpe de Estado em agosto de 2023, foi demitido do cargo de presidente do Partido Democrático Gabonês (PDG) e já existe nova liderança para o processo de transição pós-golpe.

Segundo a agência noticiosa estatal gabonesa AGP, o PDG acrescentou que a reestruturação conduziu à nomeação de Paul Mba como primeiro vice-presidente e de Angelique Ngoma como secretária-geral.

O PDG indicou que uma delegação se deslocou à residência de Bongo, onde este se encontra em prisão domiciliária desde o golpe de Estado, para lhe comunicar a sua demissão devido à sua “incapacidade multiforme” para exercer as suas funções.

O antigo presidente foi colocado em prisão domiciliária na sequência do golpe, no qual os militares denunciaram “falsos” resultados eleitorais, nos quais Bongo obteve 64,27% dos votos contra 30,77% do seu principal rival, Albert Ossa.

Todas as vitórias eleitorais de Bongo, que chegou ao poder após a morte do seu pai, Omar Bongo, em 2009, foram marcadas por alegações de fraude.

Ali Bongo sofreu um AVC em 2018 que o afastou da esfera pública durante quase um ano, embora tenha recusado sair da ribalta.

Poucos meses depois, em janeiro de 2019, um grupo de oficiais militares organizou uma revolta que foi reprimida pelas autoridades. Já em 2023, Bongo foi derrubado por um golpe de Estado liderado pelo general Brice Oligui Nguema, que criou o Comité de Transição e de Restauração das Instituições (CTRI), nome oficial da junta militar criada após a revolta. (AGP).

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