Comunicar para Mudança

CONTRA HIV/SIDA: “Deixem as Comunidades Liderarem” – desafia Embaixador dos EUA

O Embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Moçambique, Peter Vrooman, desafiou hoje Dia Mundial do HIV/SIDA, 01 de Dezembro, contra doença, sob lema “Deixem as Comunidades Liderarem”.

Segundo Peter Vrooman, os líderes comunitários e a sociedade civil são as pessoas que estão na linha da frente da luta contra o HIV/SIDA.

“Um em cada cinco moçambicanos vive com o HIV, a maioria dos quais são mulheres jovens. São raparigas como a Sónia, uma rapariga que conheci recentemente. Sónia vive com a mãe e a avó nos arredores da cidade de Maputo. Enquanto a mãe vai trabalhar, ela ajuda a avó na machamba e na banca, vendendo tomate e cebola. À tarde, ela frequenta a escola. Sónia está na quinta classe e quer ser empresária quando crescer. Sónia é uma das quase 250 mil crianças que vivem com HIV em Moçambique. Quando ela ficou muito doente aos 4 anos de idade, testou positivo para o HIV. Agora, ela está a prosperar graças ao apoio da sua família e aos assistentes sociais que ajudam a garantir que ela tome os remédios e vá à escola todos os dias. Mas ela faz parte de um grupo muito grande. Há muitas Sónias em Moçambique”, disse Vrooman, no discurso da ocasião.

Os EUA investem 400 milhões de dólares todos os anos em programas de HIV/SIDA para “ajudar os profissionais de saúde, os funcionários públicos, a sociedade civil e outros a fornecer testes e tratamento ao maior número possível de pessoas, ao maior número possível de Sónias”.

Continuamos a apoiar soluções locais para problemas locais. Tenho o prazer de partilhar que todos os novos projectos do PEPFAR este ano foram atribuídos a organizações moçambicanas.

No próximo ano, o PEPFAR comemora 20 anos de progresso e parceria em Moçambique. Essa parceria resultou em mais de dois milhões de moçambicanos que são seropositivos e a viverem vidas plenas porque fizeram o teste, iniciaram e permaneceram em tratamento. Todos os moçambicanos com teste positivo para o HIV podem iniciar imediatamente o tratamento, gratuitamente. Isso é algo para comemorar.

Na luta contra o HIV/SIDA, Vrooman destacou o papel fundamental da sociedade civil, dos parceiros locais e dos indivíduos que trabalham nas comunidades de todo o país. Uma sociedade civil vibrante melhora a saúde pública, fortalece as democracias e defende os direitos humanos para todos – independentemente do género, do local de nascimento, da profissão, de quem amam”.

As comunidades são essenciais para abordar a chave para acabar com a epidemia da SIDA: a prevenção. Diz o ditado que não adianta limpar o chão se a torneira continua a jorrar. Como é que se faz a prevenção? Como é que fechamos a torneira? Questiona-se Vrooman. Em resposta, “mais pessoas devem fazer o teste e usar preservativo; devemos combater o estigma que impede as pessoas de procurar cuidados médicos; e aqueles que testarem positivo devem fazer e permanecer em tratamento, para não transmitirem o vírus a outras pessoas.

Vrooman “encoraja o governo a preparar-se para investir em serviços de tratamento do HIV e em medicamentos assim que for criado um fundo soberano”, depois que o executivo moçambicano lançou uma iniciativa de testes domiciliares gratuitos.

“Recordemos as muitas Sónias espalhadas por Moçambique. As raparigas que lutam contra uma doença, mas ainda sonham alto. Juntos devemos apoiar as comunidades que lideram esta luta contra o HIV nas cidades, vilas e aldeias deste belo país. Juntos somos mais fortes”, termina Vrooman no comunicado recebido pela Redacção do “Profundus”. (EUA/Profundus).

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