Comunicar para Mudança

Livaningo entrega bicicletas e outros recursos para dinamizar actividades da Conservação

 

A Livaningo, através do Projecto Kukwiza em consórcio com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), estão a criar mecanismos de resposta a vários problemas locais com envolvimento das comunidades, desta vez através da entrega de bicicletas, apaga-fogos, coletes e megafones, no interior de Nhamatanda, em Sofala.

Trata-se de seis Comités de Gestão de Recursos Naturais, nomeadamente, Bebedo, Lamego, Chirassicua, Macorococho, Nhampoca e Metuchira em respectivas localidades do distrito de Nhamatanda, que receberam o material para dinamizar as actividades de Conservação, incluindo fiscalização contra a exploração de recursos naturais, sensibilização, práticas contra queimadas descontroladas e plantio de árvores para o reflorestamento, além de fruteiras.

São 30 bicicletas, 12 megafones, 90 coletes e 60 apaga fogos subdivididos em cinco bicicletas, dois megafones, dez apaga-fogos e 15 coletes para cada Comité de Gestão de Recursos Naturais.

Na última sexta-feira, em Metuchira, cada Comité de Gestão de Recursos Naturais recebeu cinco bicicletas, dois megafones, dez apaga-fogos e 15 coletes.

Os três Comités de Gestão de Recursos Naturais (Lamego, Chirassicua e Metuchira) estão focados em actividades de produção fruteira (mangueiras, papaieiras, limoeiros) que poderão ser geridas por associações das comunidades, podendo mesmo servir de meios de renda, além de servirem de uma maneira de melhorar a dieta alimentar. E a Livaningo estuda a possibilidade de incluir cajueiros.

O distrito de Nhamatanda vem sofrendo de desflorestamento sem igual nos últimos anos. A forte e permanente pressão sobre os recursos florestais tem-se traduzido no abate indiscriminado das árvores tanto para a produção de carvão vegetal quanto para a indústria madeireira.

Um estudo conduzido pelo Instituto de Investigação Agrária de Chimoio em 2021 indica que o posto Administrativo de Nhamatanda em termos de desmatamento perdeu, só em 2019, cerca de 13.38 hectares. É neste contexto que a ADRA e Livaningo, implementando o projecto Kukwiza, estão a reflorestar 100 hectares de árvores nativas, fortificando com a entrega de material necessário.

O Projecto Kukwuiza, da língua local cysena que significa “erguer” é implementado por duas Organizações Não-Governamentais, nomeadamente, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) Moçambique e outra moçambicana Livaningo, mas ambas diferem na actuação – a primeira focada na agricultura e comercialização, enquanto a segunda, na gestão ambiental e género.

Para o técnico ambiental da Livaningo em Nhamatanda, Osório Belchior, “até ao momento, nos sentimos orgulhosos porque certas actividades não aconteciam nessas comunidades, por exemplo, uso massivo de fogões melhorados (fogão poupa-lenha ou poupa carvão) [incluindo treino sobre a produção usando material local e acessível] ”, além de que as comunidades já estão mais conscientes sobre as desvantagens de destruir o meio ambiente e “sentem a sua responsabilidade” de protegê-lo.

O projecto Kukwiza conta com o financiamento da Agência Austríaca de Desenvolvimento (ADA). (Muamine Benjamim).

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