Apesar de Moçambique registar subida de mortes, de 107 para 162, uma elevação de 51%, com destaque para Niassa, que sozinho concentrou 40% dos óbitos (64 mortes), nos casos de malaria, no primeiro trimestre de 2025 comparativamente ao igual período de 2024, o País registou uma queda significativa no número de casos de malária em 2024, merecendo-lhe distinção de Campeão na Luta Contra a Malária, à margem da 78ª Assembleia Mundial da Saúde, que decorre em Genebra, Suíça.
“Um dos marcos determinantes tem sido a implementação de estratégias estruturantes de combate vectorial, incluindo a introdução progressiva da vacinação contra a malária em grupos de risco. Estas acções visam, de forma integrada, reduzir a mortalidade e limitar a transmissão da doença em áreas endémicas”, lê-se no comunicado da Presidência da República, depois da distinção.
A distinção de Moçambique foi entregue ontem, domingo, ao ministro da Saúde, Hussen Isse, durante a cerimónia oficial realizada, na Assembleia Mundial da Saúde, que decorre em Genebra, Suíça que normalmente, reúne representantes dos 194 Estados Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) para definir políticas globais de saúde, avaliar avanços e propor novas estratégias de resposta às principais ameaças sanitárias.
Lembre-se que de acordo com o MISAU, o país notificou 11.622.449 casos em 2024, uma redução de 12% em relação aos 13.240.174 casos registados em 2023.
As províncias com maior carga de doença foram Zambézia (3,48 milhões de casos), Nampula (2,87 milhões) e Cabo Delgado (1,69 milhões), que juntas concentraram aproximadamente 70% do total nacional. Em contrapartida, Maputo Cidade (14 mil casos), Maputo Província (41 mil) e Gaza (89 mil) apresentaram os números mais baixos.
Entre as principais medidas, o país aposta fortemente na distribuição de redes mosquiteiras, consideradas o principal instrumento de prevenção, e na pulverização intradomiciliária, que está a ser realizada apenas nas áreas com maior densidade populacional e incidência da doença.