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Nhamatanda: Campanha contra elefantíase vai para 275.550 pessoas

São 275.550 pessoas por serem abrangidas pela campanha contra elefantíase, correspondentes a 80 por cento da população de Nhamatanda, em Sofala. Iniciada na quarta-feira, vai até próximo domingo, desde as crianças dos 5 anos de idade.

A campanha já decorre nos lugares estratégicos de maior concentração de pessoas, incluindo porta-a-porta.

A campanha foi lançada na Escola Secundária Marcelino dos Santos, no famoso bairro de Kura. Na ocasião, o administrador de Nhamatanda, Adamo Ossumane, exortou a “todos a participarem de modo que consigam prevenir-se. São doenças que enfraquecem no individuo”.

Esta oitava ronda de campanha inclui Nhamatanda, Marromeu e Machanga, excluindo Gorongosa que era líder com mais casos até à metade de 2023, porém, desta vez saiu do mapa por ter cumprido a meta de imunizados, em Sofala.

A filariose é uma doença parasitária causada por vermes e transmitida através da picada de insectos (mosquito). É reconhecida como uma doença tropical ou seja típica das regiões tropicais e subtropicais do planeta. E é conhecida por filariose linfática ou elefantíase. Em outras palavras, quando alguém está contaminado, os membros inferiores inchados se assemelham a uma pata de elefante, dai merecer o nome de elefantíase.

“Quanto mais cedo conseguirmos nos prevenir dessa doença, é um ganho para a comunidade, distrito e país”, disse Adamo Ossumane.

Em Moçambique, as zonas costeiras, nomeadamente, Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado, são as que mais registam os casos de filaríase. Em alguns casos a filariose é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas. O inchaço na virilha; febre; aumento de tamanho do membro afectado; dores musculares; mal-estar; dor de cabeça; e presença de gordura na urina, são alguns sintomas.

Como os vermes vivem nos vasos linfáticos da pessoa infectada, bloqueiam e afectam a circulação. Tal situação leva ao inchaço dos membros e em casos mais avançados, pode ocorrer deformação. A filariose tem cura e o tratamento consiste no uso de medicamentos prescritos pelo médico. O remédio destrói grande parte das microfilárias presentes no sangue.

Ainda existem casos em que os vermes adultos precisam ser retirados do organismo através de cirurgia. Tratamento gratuito nos hospitais. A melhor forma de prevenir a filariose é interromper a sua transmissão. Assim, deve-se evitar o contacto com o mosquito transmissor da doença, através do uso de mosquiteiros e repelentes, instalação de telas em portas e janelas das casas e evitar a exposição prolongada em áreas de risco de contaminação. O tratamento das pessoas doentes também é fundamental para evitar novas transmissões, interrompendo o ciclo de transmissão da doença. (Muamine Benjamim).

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