Comunicar para Mudança

Fim do projecto: Tzu Chi com 3.023 construções até 2025

Quando o ano de 2025 estiver a terminar, a Fundação de Caridade Tzu Chi, através do Projecto de Reconstrução Pós Idai, estará também a chegar ao fim da sua execução, com a edificação de raiz, de 23 escolas e 3000 casas convencionais, na província de Sofala, num investimento de 108 milhões de dólares americanos (cerca de 6.912.000.000 de meticais).

”Quando falamos de 23 escolas, incluímos a reabilitação da Universidade Católica de Moçambique, Delegação da Beira, que foi a primeira a ser intervencionada pela nossa Fundação, bem como, o Centro de Formação de Técnicos de Saúde de Nhamatanda, que esperamos e acreditamos que com o esforço de todos, e a Fundação fará o seu papel, para que esse respeito se transforme em instituto“, disse a Tzu Chi, em mensagem na ocasião de inauguração da maior escola secundária pós-independência no país, em Mafambisse – Dondo.

As escolas, entre as do ensino primário e secundário, encontrar-se-ão na Beira, Dondo, Nhamatanda e Búzi.

 

Origem das obras

Quando já havia prenúncios de que o Ciclone Idai abater-se-ia sobre Sofala, facto que veio a ocorrer no dia 13 de março de 2019, a Fundação de Caridade Tzu Chi Moçambique mandou uma equipa de apoio e assistência humanitária, especificamente para Beira.

”Uma semana depois, sob a decisão da nossa Dharma Master Cheng Yen, fundadora da Fundação de Compaixão Budista Tzu Chi, acompanhado de uma equipa de comunicação, desloquei-me à Cidade da Beira para fazer um levantamento no terreno“, conta o presidente nacional da Tzu Chi, Dino Foi, no comunicado.

”Quando, nos trabalhos de levantamento dos estragos e necessidades, nos fazíamos ao largo do Município da Beira, me apercebo de uma criança que estava à frente de nós, preparada para atravessar a estrada. Encostamos entre charcos de água, o veículo para deixá-la passar. Num olhar atento, aquela criança determinada, algo me chamou atenção: ela tinha livros nas mãos”. Continuou: “É aqui que decido sair do carro e ir ao encontro da criança era a Zinha. Sentámos os dois no chão para conversar. Afinal a Zinha só queria secar os livros, pois assim que saísse do abrigo, uma loja exactamente em frente ao Município, a Zinha queria ir à escola”.

“Naquele instante e naquele dia, aquele episódio e atitude determinada da Zinha, me [chocaram e partiram-me o coração e, numa mistura de emoções, eu e minha equipa decidimos ir ao encontro dos pais da Zinha e o resto é história. O facto é que aquela criança que no meio de toda aflição, apenas queria ir à escola e estudar. [Isso] criou em nós na Fundação, o movimento que culminou com este projecto de escolas”.

Em reuniões internas, foi decidido que, depois de palmilhar a província de Sofala, fazer o levantamento de 70 escolas e vários centros de reassentamento, a Fundação traria à mesa, um projecto de 23 escolas e 3000 casas.

Na sequência da discussão de “mesa” “fomos a Sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde procedemos a apresentação do projecto na ECOSOC, onde a Fundação Tzu Chi é Membro. Nós falamos por Moçambique e do flagelo que grassou a Sofala e quatro semanas depois, um grupo de membros particulares da Fundação em 51 países, contribuiu para o projecto de reconstrução até 2025. (Muamine Benjamim/Profundus PDF).

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