O Parque Nacional da Gorongosa e parceiros querem tornar cada vez mais operacionais as Áreas de Conservação Comunitária da Zona Tampão. Para tal, trocaram experiências sobre gestão, operacionalização, governação e investimentos das Áreas de Tchuma Tchato (Tete), Chipanje Chetu (Niassa) e Parque Nacional do Maputo, como exemplos práticos.
O Parque Nacional da Gorongosa foi o anfitrião do evento que decorreu nos dias nos dias 8 a 9 de novembro de 2023, na cidade da Beira, capital de Sofala, juntando alguns conservacionistas do Meio Ambiente das três regiões do país: Norte, Centro e Sul.
Gorongosa com único evento nos países com ods6
O evento que contou com 98 participantes de seis províncias, nomeadamente, Niassa (Norte); Zambézia, Manica, Tete e Sofala (Centro); e Maputo (Sul) é até ao momento, considerado único pela “experiência pioneira da forma como foi conduzido ao nível dos países que neste momento estão a implementar o ODS6: garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da Água potável e saneamento para todos” apreciou a gestora de Projectos, Lolita H. Fondo no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entidade financiadora.
Segundo Lolita Fondo, a ” Gorongosa já foi convidada a continuar para espalhar esta experiência na Asia, África e América Latina”, abriu a janela de oportunidades.
Na ocasião, através de vários temas discutidos, a directora do Serviço Provincial do Ambiente de Sofala, Ermelinda Xavier defendeu que para a operacionalização de ACCs, deve haver coordenação dos envolvidos, maior engajamento comunitário, disponibilidade de recursos financeiros, disponibilidade técnica, uma estrutura coesa de gestão contando com a paz. Tudo isso poderá resumir-se num manual proposto pelos participantes a servir de guião.
Segundo o administrador do Parque Nacional da Gorongosa, Pedro Muagura “é preciso que haja o respeito da multidisciplinaridade com as comunidades”. E reflexão dessa natureza é mais interessante.
A Gorongosa é um dos casos de sucesso na restauração. O Parque não usou manual internacional, mas recorreu a “experiências de outros países”, disse Muagura. (Luísa Franque).