Comunicar para Mudança

Projecto de nutrição quer salvar 2000 famílias em Chemba

Foi lançado oficialmente o Projecto Transformativo de Género Sensível a Nutrição, no Posto Administrativo de Mulima, onde vai funcionar em cinco anos na sua segunda fase.

Na primeira fase, de 2019 a 2023, beneficiou 1500 famílias. Desta vez, vai para 2000. Portanto, o Projecto foi reactivado numa altura em que o distrito de Chemba ressente-se de escassez de alimentos, provocando deslocação da população à procura de produtos silvestres.

Falando na última terça-feira, durante a reactivação da iniciativa, o gestor provincial do Projecto, Alcídio Benjamin Pangaia, disse que o objectivo principal é melhorar o estado nutricional das comunidades.

O Projecto inclui também como actividades, o incentivo de produção agrícola e pecuária, beneficiando as comunidades. É assim que a liderança comunitária aclamou a reactivação do Projecto.

Já o director do Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE) em Chemba, Cândido Patrocínio Zeca, em representação do administrador, disse que o projecto irá ajudar na mitigação da crise alimentar provocada pelo fenómeno El-ninõ para as famílias mais vulneráveis.

Em Mulima, algumas famílias já recorrem a papas de maçanica e alguns tubérculos a exemplo de inhame ou minhanha na linguagem local, como principais alimentos. E a criação de animais domésticos está em extinção pelas vendas para a compra de comida. A população chega até a reduzir o preço só para conseguir comer.

Segundo um relatório apresentado numa sessão do Governo, em janeiro de 2024, “em todos postos administrativos do distrito, o padrão alimentar apresenta variações na sua composição”. Em média, as famílias reduziram o número de refeições para uma diariamente, excepto as famílias chefiadas por trabalhadores assalariados e comerciantes.

Durante as monitorias feitas, nos postos administrativos e localidades, constata-se que a farinha de mapira, de milho e verduras, são os produtos mais consumidos pelos agregados familiares, intercalados com tubérculos aquáticos (nenúfar), frutos de cordila africana (matondo) e em algumas famílias, até o consumo de farinha produzida através farelo que recolhem em moagens destinadas para o efeito. (Rosário Phoinde Ntepa).

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