Comunicar para Mudança

“Visão Juvenil” leva reflexão da justiça climática para Sofala e Zambézia

Mais de 50 jovens discutem em conjunto nas duas províncias de Sofala e Zambézia, no Centro de Moçambique, para a reflexão sobre a justiça climática. De forma estratégica, a primeira reflexão já decorreu no distrito de Nhamatanda na terça-feira (21.11.2023) e amanhã sexta-feira, vai acontecer na cidade de Quelimane. Estes dois pontos geográficos têm experiências recentes de perda de vidas, destruições de infra-estruturas, além de campos de produção agrícola por ciclones.

A insuficiência de movimentos juvenis para fazerem advocacia em prol dos direitos humanos, direitos ambientais e direitos das comunidades junto dos tomadores de decisão, constitui uma ineficiência para soluções conjunturais. Isso justifica a necessidade de consciencialização, debates radiofónicos, televisivos, sessões comunitárias entre outras acções visando dotar estes actores de conhecimentos sobre os seus direitos ambientais e a prevenção das calamidades naturais. É ai onde entra o Programa Activistas Africanos Para a Justiça (AACJ) liderado pela Pan African Climate Justice Alliance (PACJA).

O PACJA é uma coligação de mais de 1000 organizações da sociedade civil espalhadas em 48 países do continente africano, trabalhando na promoção da justiça climática. Em Moçambique, é co-implementado pela Visão Juvenil, em representação da Comissão da Juventude Africana – também operando em 44 países africanos, para mobilizar jovens em África e na diáspora à promoção da unidade africana e do desenvolvimento.

Na ocasião de Nhamatanda, o presidente nacional da Visão Juvenil e líder da Comissão Africana da Juventude, Abel das Neves explicou que pretende unificar e amplificar as vozes em África, advogando e exigindo que os grupos mais vulneráveis, as mulheres, os jovens e as comunidades locais tenham a capacidade de defender e gozar os seus direitos humanos, viver em ambiente saudável e sustentável, no contexto da emergência climática.

Das Neves espera que no fim dessas reflexões, jovens, jornalistas e lideranças locais estejam habilitados em criar e/ou fortalecer os movimentos climáticos inclusivos, liderados por mulheres, jovens e conectá-los com outros movimentos globais; produzir e divulgar as narrativas Africanas sobre a justiça climática; influenciar as comunidades para o pleno gozo e defesa dos seus direitos ambientais, sociais e das políticas e estratégias de governação local; e influenciar os governos a assumirem compromissos políticos para apoiar a promoção da justiça climática; fortalecer as capacidades de adaptação das comunidades face às mudanças climáticas, tornando-se activistas, tal como o Programa Activistas Africanos Para a Justiça Climática (AACJ), para cinco anos (2021-2025).

Abel das Neves que é também o gestor do Programa AACJ leva a Visão Juvenil até Balama e Montepuez em Cabo Delgado, e Cidade de Maputo.

Abel das Neves que é também o gestor do Programa AACJ leva a Visão Juvenil da cidade e província de Maputo; Sofala, distrito de Nhamatanda; Zambézia no distrito de Quelimane; Cabo Delgado, distritos de Pemba e Balama. (Muamine Benjamim).

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